No passado dia 11 de novembro, culminando uma semana intensa e cheia de novidades para o mundo, a AIRO - Associação Empresarial da Região Oeste, comemorou o seu 35º aniversário com um jantar tertúlia no Centro Cultural e de Congressos das Caldas da Rainha aberto a sócios e não sócios.
O evento, associado a uma homenagem a António Guterres próximo secretário geral da ONU teve um tema e inspiração: "Por um mundo mais justo e feliz"
O evento contou com dois oradores especialistas:
Rosário Farmhouse, ex-alta comissária para a imigração e dialogo intercultural, falou da necessidade de abandonar preconceitos para conseguir uma melhor sociedade, aprendendo a viver uns com os outros com abertura e respeito pela diferença.
Não sendo novidade a existência de refugiados, a atual concentração e mediatização exige respostas com humanidade, um esforço de apoio distribuído por todos
Pedro Cordeiro, jornalista de politica internacional referiu as mudanças recentes no mundo que parecem apontar para mais isolamento, mas não sendo isso solução, o próprio pragmatismo fará surgir outras hipóteses.
O medo nunca é solução.
Às já inúmeras rotas de refugiados existentes, juntar-se-ão novas, pois o desespero e a luta pela vida, que quem já perdeu tudo o resto serão sempre mais fortes do que qualquer tipo de muro.
Houve debate animado e contaram-se histórias de multiculturalidade e como tudo muda quando se está disposto a ouvir o outro...para o qual, aliás nós somos também o outro...
Falou-se da importância da actividade económica geradora de emprego para que haja paz e desenvolvimento, sendo sempre melhor para quem defende um mundo mais justo, como a ONU e tantos cidadãos e cidadãs espalhados pelo mundo tentar ajudar no próprio local, neutralizando à nascença os focos de conflito que vão surgindo e evitando deslocados.
Com realismo foi também afirmado que isto implicava substituir os altamente rentáveis negócios das armas por outros geradores de riqueza e desenvolvimento.
Apesar da dimensão dos problemas ser esmagadora, a atitude de cidadania de cada um é muito importante e pode fazer a diferença .
As fantásticas inovações tecnológicas podem também ser um aliado a uma nova onda, de bom senso e humanidade e abordagem pela positiva dos problemas a resolver.
Evitando a globalização da indiferença...e desejavelmente ajudando a que surjam novas e efectivas lideranças pelo equilíbrio no mundo do futuro.
No final os muitos amigos da airo presentes, responderam a um pequeno inquérito:
1 - Qual para si o maior risco para o mundo? 2 - qual a maior oportunidade? 3 - Quer comentar? As respostas são uma forma de mostrar o apoio da associação á difícil mas fundamental missão que espera o novo secretário geral da ONU, a partir de dia 1 de janeiro 2017 constituindo assim, a par com o apoio constante, a homenagem da AIRO a António Guterres no dia feliz do 35º aniversário da AIRO! A AIRO é uma associação empresarial de base regional, constituída por empresas de diversas actividades da região oeste (alimentar, metalomecânica, cerâmica, cutelaria, entre outras) sem fins lucrativos e considerada de utilidade publica.
Os corpos sociais não são remunerados, e o apoio aos sócios (maioritariamente aconselhamento de gestão e jurídico, formação, financiamento e criação de empresas, consultoria) é prestado por uma estrutura leve, empresarial de quatro colaboradores fixos, costumando ainda integrar colaboradores no âmbito dos contratos emprego inserção, que são depois integrados no mercado de trabalho em empresas associadas da AIRO.
Estima-se que os sócios da AIRO representem no fim deste ano de 2016, 750 milhões de euros de volume de negócios, constituindo 80% deste valor exportações.
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